26/9/2008O Funcionário MiserávelProf. Oceano ZachariasVocê já deve ter ouvido aquela velha frase “É doando que se recebe”.
A pessoa é miserável quando não se doa naquilo que mais tem: o milionário que é pão-duro, o professor que não ensina, o aluno que quer ser aprovado mesmo sem saber, o médico que por negligência matou, o advogado que não defende a honestidade, aquele que opta pelo legal em detrimento da moral, e todos os funcionários que se economizam na sua produtividade e na qualidade do que fazem. Esses profissionais poupam-se no que fazem pelos mais toscos motivos.
Há os que não dão o máximo de si porque “eu não ganho suficiente”. Veja que tolice: a pessoa acabou de declarar que vale o que ganha; deveria, isto sim, passar a fazer por valer muito mais do que ganha – e assim ser percebida e promovida.
Há aqueles que não fazem além do que estão habituados porque estão divididos nos seus objetivos: ficam trabalhando numa atividade e pensando em ganhar dinheiro em outra. Não vai dar certo nem numa nem noutra. As pessoas sem foco e sem objetivo definidos perdem a oportunidade de se aprofundarem no que fazem e realmente dominarem seu trabalho – qualquer trabalho – e aí então serem reconhecidas e valorizadas.
E há os “espertinhos” que se vingam (!?) por terem um salário que julgam inadequado, enrolando no serviço, usando a Internet para assuntos pessoais, enfim, fazendo tudo o que podem – e o que não devem – para serem o mais improdutivos possível. São pessoas que raramente crescerão profissionalmente – exatamente porque são miseráveis: poderiam utilizar produtivamente o tempo que têm para executar trabalhos diferenciados e de qualidade, para, em seguida, receber a recompensa maravilhosa que é destinada apenas aos bons profissionais: reconhecimento e dignidade.