Qualidade e o Desempenho Humano

Qualidade e o Desempenho Humano                                                 
Por: Prof. Oceano Zacharias                                                                  

Não existe mais lugar para o exercício do poder distanciado das equipes de trabalho. A rapidez das adaptações exige maior agilidade no processo decisório e no trabalho de equipe, portanto maior proximidade entre os elementos da alta gerência e os de operação.

O empresário está sendo obrigado a repensar sua organização, o trabalho e a forma como ele vem sendo realizado ao longo do tempo.

A questão (que não é só brasileira), é administrar num contexto em que as variáveis principais são as dúvidas e as ameaças representadas pelo binômio Competição x Sobrevivência.

Fazer frente a produtos de melhor qualidade e preço competitivo implica em grandes mudanças. Mudanças caracterizadas pelo aperfeiçoamento da qualidade do que se produz para a reconquista do mercado.

O grande desafio enfrentado pelas empresas está em manter as pessoas interessadas, motivadas, envolvidas e totalmente compromissada com o próprio auto-desenvolvimento e com a consciência de que só se produz com qualidade quando há interesse real, quando as pessoas estiverem bem adaptadas e felizes, realizando o que gostam e sabem fazer.

Não se trata de simplesmente dizer NÃO à Avaliação de Desempenho, vista como tradicional, mas de dizer SIM ao Gerenciamento do Desempenho como uma alternativa gerencial de incremento à sinergia organizacional, concebido e ajustado ao momento atual.

Administrar a eficiência do ser humano no trabalho implica em gerenciá-lo como fenômeno dinâmico, permanente, produto do empenho de cada um, de sua identificação com o que executa e de como aproveita as condições em que realiza, e o que é de sua responsabilidade realizar. Significa incrementar a cultura organizacional com um clima de confiança em que as pessoas sintam prazer em estar. Trata-se de eliminar os mecanismos que fomentam a inferioridade de uns em relação aos outros, e acreditar que pessoas são, efetivamente, o principal recurso e grande vetor para as organizações.

A Direção deve estar atenta aos critérios de seleção do pessoal, e se estão realmente sendo seguidos: trazer bons estagiários para projetos específicos, fomentar a troca de funções internamente: e investir em pessoas que valorizam o aprendizado contínuo e sua prática, em detrimento das que enaltecemos tais “benefícios” adicionais, com visão míope e momentânea, sem crescimento para ambas as partes.

Trata-se, dessa forma, de cultivar uma atenção permanente e contínua no acompanhamento do desempenho das pessoas, de manter e conferir os compromissos assumidos, gerenciando o tempo através de ações concretas e os resultados das pessoas no trabalho. Enfim, de resgatar o respeito e a valorização do Homem que trabalha, através da adoção de uma filosofia e prática de procedimentos que propiciem estímulo constante, aperfeiçoamento e satisfação contínua das pessoas no exercício do seu dia-a-dia, contribuindo sobremaneira com a qualidade de suas vidas, o que com certeza determina o sucesso e o fracasso da qualidade e da produtividade de uma empresa.

Revista Tecn. e Vidro – n° 11 – Agosto/Setembro 2001
Abimaq – Boletim Nitmaq – Ano 08 – n° 56 – Junho 2001

 

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