Eficiência energética

Uma leitora me enviou uma correspondência querendo saber se existe alguma lista de eletrodomésticos com maior eficiência energética, já que ela está procurando ser ambientalmente correta? O governo implementou o Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel) a fim diminuir o desperdício de energia elétrica no país e buscar a eficiência energética no setor elétrico, que visam à realização de algumas metas essenciais: o desenvolvimento tecnológico; segurança energética; eficiência econômica, novos parâmetros incorporados à cidadania e a redução de impactos ambientais.

Para o Procel, os impactos ambientais incluem:

  • Nas usinas hidrelétricas que tendem a alagar áreas extensas, modificando o comportamento dos rios barrados. A biota (conjunto dos seres vivos) e os ecossistemas podem ser alterados. A vegetação submersa decompõe-se, dando origem a gases como o metano, que tem impacto no chamado “efeito estufa” e causando mudança no clima. Cidades e povoações, inclusive indígenas, podem ser deslocadas pela construção da barragem. O novo lago pode afetar o comportamento da bacia hidrográfica. Com a operação, mais tarde, ocorrem assoreamentos que, em conjunto com outros fatores, podem ocasionar mudanças na qualidade da água.
  • Nas usinas térmicas a combustíveis fósseis causam outros tipos de poluição ambiental. Elas emitem uma série de gases de efeito estufa como o dióxido e o monóxido de carbono, o metano e, no caso das térmicas à carvão e óleo, emitem óxidos de enxofre e nitrogênio, que na atmosfera, dão origem às chuvas ácidas que prejudicam a agricultura, as florestas e até mesmo monumentos urbanos.
  • Nas usinas nucleares que aproveitam a energia da fissão dos átomos de urânio e de plutônio. Embora sejam cada vez mais seguras, elas envolvem o risco de acidentes que podem causar vazamentos de radiação para o meio ambiente com as notórias conseqüências graves que os acompanham.

Todas estas formas de geração de energia elétrica envolvem, também, o risco de impactos ambientais associados a outros estágios da cadeia de produção, transporte e distribuição de energéticos. Assim, há impactos associados, por exemplo, à extração do urânio ou carvão nas minas, que modifica a paisagem e gera rejeitos que afetam solos agricultáveis.

Já há algum tempo o setor elétrico vem realizando estudos e pesquisas e tomando medidas práticas na área ambiental que contribuem para diminuir estes impactos. Mas e a redução dos impactos ambientais? A redução dos impactos ambientais surge como uma meta e uma preocupação, no sentido de garantir a qualidade de vida dessa e das futuras gerações. Numa sociedade de consumo que exige cada vez mais conforto, a geração, a transmissão, a distribuição e o uso da energia (assim como todas as formas de atividade econômica e social), podem causar impactos negativos ao meio ambiente.

A produção de energia implica, necessariamente, na exploração de recursos naturais e emissão de rejeitos no meio ambiente. Os rejeitos das atividades industriais e agrícolas são despejados nos solos, nas águas e no ar, modificando a paisagem e o clima, afetando os ecossistemas, a fauna e a flora.

Quanto maior o nível de atividade econômica, maior o uso da energia e maiores os impactos ambientais deste uso. Assim, a eficiência energética pode trazer muitos benefícios, pois: aumenta a segurança no abastecimento de energia, contribui para a eficiência econômica, reduz os impactos ambientais. Estes três itens se complementam, implicando na redução da energia necessária por unidade de produto econômico, aumentando a eficiência da economia e garantindo que a mesma produção possa ser obtida com menos energia e, portanto, com menor uso de recursos naturais e menores danos ambientais.

 

Fonte: Qualidade Online

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